sexta-feira, setembro 30, 2005

A escola é ...

O lugar onde se faz amigos,
Não se trata só de prédios, salas, quadros, Programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, O coordenador é gente, o professor é gente, O aluno é gente, que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um Se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de "ilha cercada de gente por todos os lados". Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que Não tem amizade a ninguém, nada de ser como o Tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só. Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, É também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, É conviver, é se "amarrar nela"! Ora, é lógico... Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, Fazer amigos, educar-se, ser feliz! (Paulo Freire)

Eu indico essa leitura!

Memórias de minhas putas tristes (Gabriel Garcia Marques)

“A Casa renascia de suas cinzas e eu navegava no amor de Delgadina com uma intensidade e uma felicidade que jamais conheci em minha vida anterior. Graças a ela enfrentei pela primeira vez meu ser natural enquanto transcorriam meus noventa anos. Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir as às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado de alma e sim um signo do zodíaco. Virei outro. Tratei de reler os clássicos que me mandaram ler na adolescência, e não agüentei. Mergulhei nas letras românticas que tanto repudiei quando minha mãe quis me forçar a ler e gostar, e através delas tomei consciência de que a força invencível que impulsionou o mundo não foram os amores felizes e sim os contrariados. Quando meus gostos musicais entraram em crise me descobri atrasado e velho, e abri meu coração as delicias do acaso. (...) Era tal meu desvario, que em uma manifestação estudantil com pedras e garrafas tive que buscar forças na fraqueza para não me colocar na frente de todos com um letreiro que consagrasse minha verdade: Estou louco de amor.”

Este livro é, simplesmente, demais! Vale apena conferir e sentir a intensidade dos personagens desta obra!

quinta-feira, setembro 15, 2005

Concertos para a Alma!

Quando me amei de verdade...
Quando me amei de verdade, compreendi que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome: auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades. Hoje sei que isso é autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é respeito.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável...pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes. Hoje descobri a humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro.
Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é saber viver!